terça-feira, 27 de março de 2012

Neurose pós alta.

Complicado falar sobre esse assunto.
Quando a Júlia ganhou alta achei que seria tudo muito normal, ela iria para casa, "esqueceríamos" dos momentos ruins e ponto, mas na verdade não foi nem um pouquinho parecido com isso.
Na mesma hora que saímos de dentro da UTI começou...
Era setembro, tinha um sol lindo, mas estava bem frio, enrolei ela até não poder mais, parecia em envelope. kkkk
Não encostei em nada pq. estava com medo que ela pegasse alguma coisa. No taxi então... nem pensar e vai que alguém muito gripado tivesse encostado a mão em alguma coisa? Vai saber né?!
Em casa eu verificava todos os dias, acho que quase de uma em uma hora a temperatura dela, cheguei a pensar até em comprar um saturímetro de bolso e um estetoscópio... Sim, eu tava pirando!
Comprei álcool em gel, ninguém encostava na Júlia sem antes ir lavar BEM lavada as mãos. Eu sempre fazia umas piadas do tipo: Ah! vou até comprar um avental e máscaras para deixar para quando chegar visita. Só que lá no fundinho do meu coração eu tinha essa vontade.
A Júlia dormia comigo, Deus me livre dela ficar com frio e dar alguma coisa, ou então se engasgar... Acho que eu era um pouco catastrófica (se é que existe essa palavra).
Eu sair para ir na padaria que é do lado de casa? Jamais! E se ela sentir a minha falta? ela já ficou tempo demais longe de mim.
Roupa de manga curta em dezembro? Tá louco? Tá quente para nós, mas ela é só uma bebezinha, sente muito frio, até mesmo quando faz 25Cº.
O Adriano (meu namorado e pai da Júlia) costumava dizer que a primeira coisa que a Júlia iria falar não seria papai e mamãe, mas sim TERMÔMETRO. hahhahahhahhahahah
Resumo da história... Nem vou falar nada para vocês desencanarem, pq. não adianta.
Meu lema é: Antes neurótica do que desleixada!
Hoje ela ainda dorme comigo (o pediatra dela iria querer muito puxar minha orelha por causa disso)
mas é pq. não tem coisa melhor do que dormir bem agarradinha com ela. Já deixo ela mais a vontade, já consigo ir para outros lugares e deixá-la em casa, até pq. eu trabalho.
E assim vou indo, aos poucos aprendendo a lidar com as situações.


Ahh! Lá na neo me contaram que uma mãe que tinha o seu bb internado, ficou com tic nervoso, sempre que falava com alguém ela ficava mexendo com as mãos com se estivesse lavando-as, daquele jeito que nós MÃES E PAIS DE U.T.I sabemos muito bem... kkkkk

4 comentários:

  1. Rosi, lembrei muito de quando o Pedro nasceu. Eu também ficava louca de medo que ele pegasse alguma doença, ainda mais porque era bem na época da "gripe a", passava só dentro de casa. Mas minha neurose não durou muito tempo, assim que chegou o verão, fui deixando ele no chão e enfim, passei a acreditar que se ele botasse o bico na boca depois de cair no chão, estava criando "resistência" como dizem hehehe Mas continuo super protetora, também deixo ele ir pra nossa cama no meio da madrugada e é raro eu deixar ele com as avós e por mais que elas me peçam não deixo mais do que uma tarde hehehe
    Temos bons motivos pra sermos assim!!

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  2. É, com a chegada do verão damos um pausa na neurose.
    Comigo também foi assim, mas com o bico ainda não consigo, caiu no chão lá vai eu ferver...kkkk

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  3. Passei por isso ha alguns anos . Meu marido disse que o que separa os pais não é o bebe ter ficado na UTI mas as mães que não conseguem sair de lã. Ja faz quatro anos que nós saimos da uti, eu e minha filha linda. passamos por momentos terríveis , mas já passou. agora lendo este post eu me lembrei exatamente de como eu me sentia . Sabe que até hoje não a deixo encostar num corrimão... Quando sua Julia estiver uma linda moça você vai ver como tudo passa e como tudo valeu a pena.

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    1. É verdade, Michelle.
      Hoje ela já está bem grandona, e sapeca... Consegui liberar muitas coisas, como brincar na areia, mas tenho que admitir que ainda sou meio neurótica, mas acho que isso é carma de mãe. hahahhah

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